Tuesday 15 December 2009

A Web 2.0 na comunicação política

Hoje em dia quase tudo do que nós fazemos é através da Internet, utilizando as funções disponibilizadas pela Web 2.0, por exemplo gerir um blog, fazer parte de uma rede social, abrir uma empresa a partir de casa, etc. Ou seja, a Web 2.0 já faz parte da nossa vida e, podemos até dizer que a completa e a facilita em muitos sentidos.
Ao termos acesso a estas funcionalidades, a nossa comunicação e a forma como comunicamos com os outros, foi bastante alterada pois podemos interagir com pessoas de todo o mundo a toda a hora e em qualquer lugar. Assim, todas estas facilidades e toda esta nova forma de comunicação também deve ser bastante controloda, pois se isso não acontecer corremos vários perigos, uma vez que a Web 2.0 ainda encontra bastantes dificuldades, principalmente a nível de confiança por parte do utilizador e também a nível de privicidade (do utilizador e da informação utilizada). Por exemplo, muitas empresas já utilizam as funcionalidades e os conteúdos da Web 2.0 como parte integrante da sua empresa e da dua estratégia de marketing, pois facilita o contacto com o cliente e o posicionamento do produto no mercado, mas têm sempre cuidado e adoptam medidas de protecção para que a informação que disponiblizam na Internet não copiada ou para que não existam fraudes. 
Assim, porque não utilizar tudo o que a Web 2.0 oferece na política? Tanto para facilitar campanhas ou para disponibilizar a informação ao público. Muitos políticos já começaram a utilizar a Web 2.0, fazendo campanhas mais interactivas, mais baratas e, além disso, campanhas permanentes pois como o custo é reduzido é possível manter o político em campanha permanente através de redes sociais, sites, etc. Um grande exemplo de uma dessas campanhas foi a de Obama, que utilizou tudo o que a Web 2.0 oferece para contactar com os eleitores e torná-los mais activos na sua campanha e, também, para se manter sempre em campanha e, por isso muitas pessoas acreditam que este tipo de campanha foi um dos factores mais decisivos para a vitória de Obama.
Concluindo, no futuro a Web 2.0 vai ser o meio mais utilizado por políticos, empresas e pessoas em geral e quem adoptar todas as funcionalidades em primeiro lugar vai atingir um lugar de poder.


Daniel Costa
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Thursday 3 December 2009

Democracia Digital - Conferência de José d'Aguiar

No passado dia 26 de Novembro, assistimos a uma conferência sobre Democracia Digital, apresentada por José d'Aguiar.
Discutiu-se, então, a utilização da Internet e das redes sociais nas campanhas eleitorais.
Vivemos numa sociedade em que os meios de Comunicação Social e o mundo digital começam a ter uma enorme relevância na Comunicação Política. Nem todos os meios são iguais, logo os meios são escolhidos consoante a sua adequação e importância para a política, com o intuito de se chegar mais facilmente ao eleitorado. Isto deve-se ao facto das campanhas de hoje em dia (campanhas pós-modernas) estarem mais centradas na Comunicação Social do que no contacto directo com o eleitor, ao contrário do que acontecia há uns anos atrás.
Para os cidadãos poderem votar, têm ou devem estar informados. A Internet tem aqui um papel fundamental: possibilita a procura de informação sobre Política quando pretendo, a que horas quero; permite, também, uma utilização mais livre do espaço (toda a informação sobre qualquer tema). Estas são duas das maiores vantagens da Comunicação Política feita através do uso das novas tecnologias. Desta forma, pretende, assim, acabar e modificar o Agenda Setting.
Ainda é difícil de definir a influência das novas tecnologias nos comportamentos dos políticos. No entanto, as figuras políticas sabem que é importante estar "online": "Se o meu partido concorrente está em determinada
rede social, eu também tenho que estar." Nos dias de hoje, ainda não sabemos quais os benefícios de se estar "online" (em termos de votos concretos), mas sabe-se quais os custos de não se estar. A Internet acaba por não ter uma relação directa com a derrota/vitória das eleições, ao contrário do que se possa pensar, devido ao exemplo da campanha de Obama. Temos como exemplo o caso português: o Dr. Pedro Santana Lopes, em 2001, sem a utilização das redes sociais, teve mais votos do que em 2009, quando decidiu utilizar a Web 2.0.
Os dois grandes objectivos de uma campanha política, segundo José d'Aguiar, são: visibilidade e notoriedade (no entanto, isto não significa sucesso) e consolidar o eleitorado (quem se revê deve continuar fiel).
Gostaríamos de concluir, com uma ideia de José d'Aguiar, que nos diz que ainda não se sabe como se pode utilizar a Internet para mobilizar eleitorado. A verdade é que a aposta nas redes sociais e nas plataformas 2.0 é cada vez maior.
Uma conferência que considerámos bastante útil, principalmente porque o tema que analisámos durante o semestre, foi a Democracia Digital.

Sunday 15 November 2009

PORTAL DO ELEITOR

    Quando falamos de Democracia Digital, não falamos só da utilização dos novos meios tecnológicos ao serviço de campanhas eleitorais ou de políticos: falamos também do uso das novas tecnologias ao serviço dos cidadãos.
    Em Portugal existe um site oficial feito a pensar em todos os cidadãos eleitores, o Portal do Eleitor (o link encontra-se na coluna esquerda do blog). Simularemos então todo o processo de um cidadão comum em época de eleições com a ajuda do portal. Com um design simples e claro, de fácil navegação, a partir deste site podemos, primeiro que tudo, saber o nosso numero de eleitor.
É verdade, acabaram-se as filas à porta da junta de freguesia nos dias eleitorais para pedirmos no nosso cartão, ou pior ainda, para aqueles mais distraídos (acabados de fazer 18 anos), chegar pouco tempo antes das eleições e perceber que não fez o seu cartão de eleitor. Pelo menos desculpas burocráticas já não existem para não votar!
    Mas não é só para o número de eleitor que o portal é interessante. O que fazer quando as eleições estão à porta, os canais de televisão só dão voz aos partidos maiores, mas nós queremos saber todos os que estão a concorrer? Fácil, neste site vêm as listas completas de todos (partidos, movimentos e independentes) que concorrem, com indicações para os sites de cada um. Agora, e de uma forma esclarecida, já podemos perceber quem é quem.
    Chega o dia das eleições, como membros activos da comunidade fomos votar. As urnas fecharam. O Jornal da Noite começa e são anunciadas as projecções. Great! Em Lisboa ganhou o Partido X e no Porto o Y. Mas então quem ganhou no meu pequeno município? E na minha freguesia? Resposta: PORTAL DO ELEITOR. Sim, neste simples e quase desconhecido site estão os resultados de todas as câmaras, freguesias, assembleias, de norte a sul, interior litoral. Nada nem ninguém está esquecido. Os resultados vão sendo actualizados à medida  que vão sendo apurados nas mesas de voto.
    Espero que a partir de hoje possam fazer um uso mais activo deste portal, utilizando todas as suas potencialidades para uma participação activa, consciente e informada da nossa Democracia.


Ana Ferreira da Costa

Wednesday 30 September 2009

Legislativas 2009: que futuro?

"Uma extraordinária vitória eleitoral. (...) O Partido Socialista foi de novo escolhido para governar Portugal e foi escolhido sem nenhuma ambiguidade". Foi com estas palavras que José Sócrates iniciou o seu discurso, na passada noite do dia 27 de Setembro, após o resultado das eleições legislativas. Palavras um pouco controversas, que fizeram soar alguns comentários, visto o PS ter perdido a maioria absoluta. Talvez tivesse sido mais coerente se o Primeiro Ministro tivesse visto este resultado como uma vitória e uma derrota em simultâneo: uma vitória inequívoca (José Sócrates continuará em São Bento), mas, também, uma derrota (perdeu a maioria absoluta, ganha em 2005). Portugal será então governado um pouco "aos trambolhões"...(isto se nenhuma coligação se verificar).

O grande vitorioso destas eleições foi, sem qualquer dúvida, o CDS/PP. Paulo Portas conseguiu cumprir os objectivos iniciais da sua campanha. Por um lado, atingiu os tão esperados dois dígitos (10,46% dos votos), por outro, o PS perdeu a maioria absoluta.

O grande derrotado foi o PSD, não conseguindo eleger Manuela Ferreira Leite como a próxima Primeira Ministra portuguesa. No seu discurso, Ferreira Leite felicitou o Partido Socialista e prometeu estar atenta às necessidades do país. Assumiu, ainda, a responsabilidade pelos resultados eleitorais não terem sido os esperados.

Uma noite que trouxe algumas surpresas para quase todos os cinco grandes partidos. Esperemos que não se esqueçam que têm um país para governar...com ou sem coligação? Para já, nada se sabe, no entanto o que todos os portugueses esperam é que haja alguma estabilidade.

Filipa Serra Coelho

Sunday 27 September 2009

Legislativas 2009 (13)

22h45

Já são conhecidos os resultados finais e definitivos: o PS consegue eleger 96 deputados (ficando bem longe da maioria absoluta); o PSD elege 78 deputados; o CDS-PP elege 21 deputados, uma vitória importante para o partido, que em caso de coligação com PS forma um governo de maioria absoluta; o BE elege 16 deputados (um óptimo resultado para este partido); e a CDU elege 15 deputados.








(carregue na imagem para aumentar)

Legislativas 2009 (12)

23h06

Paulo Portas entre na sala de imprensa antes do final do discurso de José Sócrates. 

Agradece a todos aqueles que andaram pelo pais em campanha com o CDS-PP
Assumir este resultado com naturalidade e humildade que o partido sempre demonstrou, pois trata-se do recompensar do esforço do partido e demonstra o bom senso dos portugueses.
Portas refere que os seus objectivos definidos antes das eleições foram conseguidos, destacando a perda da maioria absoluta do PS e o grande crescimento do CDS-PP (trata-se do melhor resultado em 26 anos do CDS-PP).


Legislativas 2009 (11)

22h54

José Sócrates entra na sala de conferencias e prepara-se para discurso (diga-se que foi um discurso previamente preparado e apenas haverá espaço para 4/5 perguntas dos jornalistas).

Para o líder do PS o resultado de hoje trata-se de uma extraordinária vitória eleitoral, que as pessoas o escolheram para governar Portugal, reforçando a sensação do sentimento de confiança dos portugueses no Partido Socialista.

Sócrates agradeceu também a todos aqueles que ao longo destas ultimas semanas desenvolveram e fizeram da campanha do PS algo vibrante e de elevado nível democrático. Faz um agradecimento especial também à Juventude Socialista (que se debateu pela modernização do Pais).

O líder do PS refere também que não se candidatou contra ninguém mas para servir Portugal

Sócrates não faz qualquer referência a possibilidade de se coligar ou não com outro partido, dizendo que ainda é cedo para falar desse assunto, uma vez que ainda há vários passos legais que se têm que dar.